segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dia da Consciência Negra



Num mundo de competição e individualismo, a diferença é motivo de discriminação e dominação. Num mundo de solidariedade, a diferença é motivo de enriquecimento e complementação.

O caminho é distante? Quando sabemos a direção, basta caminhar. Neste Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, não vamos perder a oportunidade de dar mais um passo.



Apesar das muitas repressões ao povo negro e da imensa capacidade dos seres humanos de reinventar formas variadas de escravidão, mais de três séculos depois o Brasil continua cheio de quilombos. E comemora este 20 de novembro de como o Dia Nacional da União e Consciência Negra.
Zumbi, líder negro do Quilombo dos Palmares, assassinado no dia 20 de novembro de 1695, teve a cabeça exposta em um poste, numa praça de Recife, para que ninguém mais ousasse liderar um quilombo ou pretendesse ajudar os escravos a serem livres. Ao invés de pôr fim às lutas pela liberdade, a morte de Zumbi, ao contrário, suscitou da parte de muitos escravos a consciência de que não poderiam deixar que a morte desse grande líder fosse inútil.
 A memória do seu martírio tornou-se incentivo para que negros, índios e brancos se unissem em torno de um projeto de igualdade humana e de um Estado cujas raças e etnias pudessem ser cidadãs de pleno direito. Até hoje essa democracia racial plena não é um direito adquirido.

Fonte: Marcelo Barros
monge beneditino e escritor, Recife, PE.Públicado no jornal mundo jovem


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